A Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI-Mapa) comunicou nesta segunda-feira (14) a abertura do mercado do México para a carne suína brasileira.
De acordo com a pasta, a conquista permitirá intensificar o comércio bilateral entre os dois países.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que as habilitações referem-se a plantas frigoríficas de Santa Catarina que, à época da solicitação de acesso às autoridades mexicanas, era a única região brasileira reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de aftosa sem vacinação.
Na visão do presidente da ABPA, Ricardo Santin, a abertura do mercado mexicano representa uma das mais importantes conquistas para a cadeia exportadora de proteína animal do Brasil.
“O México é, historicamente, um dos três principais destinos das exportações globais de carne suína, com volumes próximos a 1 milhão de toneladas. Falamos de aproximadamente 10% do trade global”, diz Santin.
Para o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, as exportações brasileiras deverão ser direcionadas aos processadores mexicanos, evitando concorrência com a produção local de suínos.
“Vamos atuar em complementaridade à produção mexicana de suínos. Exatamente nese sentido, envidaremos esforços para ampliar a habilitação para plantas das novas áreas reconhecidas pela OMSA como livre de aftosa sem vacinação, como Rio Grande do Sul e Paraná, ampliando ao máximo a capacidade de fornecimento de produtos brasileiros à população do México”, diz Rua.
Com a abertura do mercado mexicano para a carne suína brasileira, afirma o Mapa, o Brasil chegou a 48 novos mercados abertos para os produtos agropecuários em 2022. Desde 2019, o número de mercados abertos chegou a 234.