O governo argentino avançou no entendimento com os representantes do Conselho Agroindustrial, com o objetivo de garantir o abastecimento interno de milho para os setores nacionais e manter níveis de preços acessíveis em todo o território nacional.
A expectativa é que as duas partes cheguem a um acordo e cancelem a medida que decretou a suspensão temporária das exportações de milho para embarques anteriores a 1 de março. Desta forma, a greve que as entidades agrícolas iniciarão na próxima segunda-feira durante 72 horas como medida de protesto também ficaria sem efeito.
“Foi possível colocar os diversos interesses privados sob um bem maior e primordial como o bem comum, compatibilizando os interesses privados com a necessidade do Estado de garantir bens essenciais a todos os argentinos, no âmbito da segurança alimentar” afirmou o ministro da Agricultura, Luís Basterra, destacando o entendimento do setor como um avanço que “nos coloca em condições diferentes das semanas anteriores”.
Por outro lado, o responsável sublinhou que “é um avanço importante que os setores envolvidos se comprometam a gerar mecanismos que ajudem a dissociar os preços internos do dinamismo dos preços internacionais”.
De acordo com o ministério, a suspensão do registro de novas Declarações de Vendas Externas (DJVE) de milho foi realizada para garantir o abastecimento interno do cereal, principalmente para os setores que dependem desse insumo para alimentação dos animais.
Terminada a reunião, as autoridades nacionais expressaram sua satisfação com os acordos alcançados e afirmaram que farão uma avaliação dos volumes informados para determinar se a decisão de reabrir o registro para exportação será antecipada.