Agricultura

No atual cenário, Plano Safra é positivo, dizem entidades

Para entidades, Plano Safra 2022/2023 foi “o possível a ser feito” dentro da atual realidade da conjuntura econômica

Produtores rurais poderão contar com orçamento de R$ 340,9 bilhões por meio do Plano Safra 2022/2023, lançado oficialmente nesta quarta-feira (29). Serão destinados R$ 246,3 bilhões ao custeio e R$ 94,6 bilhões para investimentos, que passam a valer a partir desta sexta-feira, 1º de julho.

Na avaliação do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o Plano Safra 2022/2023 foi “o possível a ser feito” dentro da atual realidade da conjuntura econômica brasileira e cenário mundial.

Segundo o dirigente, o plano também acende um alerta em relação aos investimentos, que passaram para uma taxa de juros de 12%.

“Isso mostra que uma gestão eficiente e uma atualização dos custos de produção é fundamental para quantificarmos o quanto este aumento da taxa pesa no custeio. Temos que ter muito cuidado com os investimentos do Moderfrota”, afirma.

Entre os pontos positivos, Velho destaca a subvenção ao seguro rural anunciada pelo atual Plano Safra.

Cenário

Em um contexto de juros internos e taxa Selic “nas alturas”, com os juros subindo no mundo inteiro, já era esperado que o Plano Safra não viria com juros atraentes para o produtor. A conclusão é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS)

Conforme o presidente da entidade, Paulo Pires, houve avanços com relação aos recursos disponibilizados. “Claro que temos uma elevação bem maior dos juros livres, mas os juros controlados registraram aumento de apenas 18%, comparado com o custo de produção muito alto. Entendemos o contexto e o importante é que temos um Plano Safra”, diz.

Na avaliação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), quem vive do campo entende como a produção agropecuária demanda investimento. E nem sempre, quem está na lida consegue dinheiro suficiente na época de colheita.

“O Plano Safra 2022/2023 com valor acima de R$ 340 bilhões para apoiar a produção agropecuária do país, a partir de julho, vai ajudar, principalmente, o pequeno e médio produtor rural, por meios dos programas Pronaf e Pronamp, respectivamente. A bancada se compromete em buscar ainda mais condições para o produtor rural e, assim, fortalecer o setor produtor de alimentos”.

Sustentabilidade

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) comemorou que a agricultura sustentável vai receber atenção especial no Plano Safra 2022/2023.

“O Plano Safra atende prioritariamente os pequenos e médios, mas ainda é pouco para o que o agro como um todo devolve como benefício para toda a sociedade”, avaliou o presidente em exercício da Aprosoja Brasil, José Sismeiro.