O projeto da Nova Ferroeste que prevê ligar Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá tem capacidade potencial de carga estimado em 40 milhões de toneladas para exportação, sendo 18 milhões no Estado. O número é resultado do estudo de Viabilidade Econômica e Ambiental (Evetea), apresentado nesta quarta-feira, 16, ao Governo do Mato Grosso do Sul, Paraná e Ministério da Agricultura e Pecuária.
A próxima etapa do projeto será a contratação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que é a pesquisa que viabiliza ou não a implantação de um empreendimento próximo de áreas preservadas. Em janeiro começam as reuniões técnicas para definir o traçado da rota entre Cascavel até Foz do Iguaçu e até Maracaju.
Com o avanço do projeto, a previsão é que ele vá para leilão na B3 em novembro de 2021. A empresa que arrematar terá o estudo de viabilidade e licenciamento ambiental prontos, com obrigação de construir os dois ramais.
A proposta inicial previa a construção de um terminal em Maracaju, mas segundo o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Mato Grosso do Sul fará um estudo técnico para definir um ramal intermediário.
“Existe um posicionamento de Governo do Estado que entre o trecho de Guaíra e Maracaju existe a necessidade de ter um outro terminal. Porque tem volume de carga, e tem todas aquelas industrias de etanol. A partir de janeiro nós vamos fazer o estudo sobre onde seria localizado sob o ponto de vista técnico, outro terminal”, explica.
O governador Reinaldo Azambuja classificou a ferrovia como um projeto estruturante que aumenta a competitividade para os dois estados. “Maracaju é o ponto de conexão da Malha Oeste com a futura Ferroeste. Nós temos aí o potencial de minério, produção de etanol e principalmente, através da refinaria do Paraná, a importação do diesel e gasolina. Então é uma nova ferrovia com uma conexão extremamente competitiva aos nossos estados”.
A ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina destacou o entusiasmo com o projeto e se colocou à disposição. “A ferrovia surge com esse potencial inicial, mas depois outras cargas vão chegando e se incorporando. Se a ferrovia tem boa gestão, com certeza vai agregar outras cargas. Esse é um projeto que o governador Azambuja e o governador Ratinho tem que deixar para a história das suas gestões. Estou absolutamente a disposição para ajuda-los”.
Ratinho Junior, governador do Paraná, falou sobre os estudos do novo ramal ferroviário, que ligará Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá. “A importância desse encontro entre Paraná e Mato Grosso do Sul, juntamente com os ministérios, está no alinhamento, na demonstração da vontade política com relação ao projeto ferroviário para os dois estados e para o Brasil”, afirmou.