O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das praças de produção e comercialização do país nesta sexta-feira, 20. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados apresentou bons avanços na última semana de abril, justificando este comportamento.
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Os frigoríficos se deparam com um posicionamento confortável em suas escalas de abate e encontram as condições necessárias para exercer pressão sobre os pecuaristas. “Basicamente, o processo de degradação das pastagens
resultou em uma menor capacidade de retenção, levando o pecuarista ao mercado”, diz Iglesias.
Para o mês de maio, a tendência é de continuidade deste processo, considerando o regime irregular de chuvas que segue vigente em grande parte do país. Já para o início da entressafra, a expectativa é que novamente seja
evidenciado um quadro de restrição de oferta, considerando a atual estrutura de custos e grande possibilidade de retração do confinamento de primeiro giro.
Valores do boi gordo
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi gordo ficou a R$ 311 ante R$ 312 na quinta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 293 a arroba, contra R$ 295. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada
em R$ 301 ante R$ 300. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 302 a arroba, ante R$ 305 na quinta.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajuste dos preços ao longo da primeira quinzena do mês, avaliando que além da entrada dos
salários na economia também precisa ser considerado o tradicional repique de consumo provocado pelo Dia das Mães. “Logicamente, o consumo será inferior se comparado a anos anteriores à pandemia, pois restaurantes e outros
estabelecimentos precisam operar com restrições de funcionamento importantes”, pontua.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.