A forte onda de calor que atinge a América do Sul não está provocando prejuízos apenas nas lavouras de soja e milho.
No Uruguai, país onde as temperaturas chegaram a 44ºC em algumas regiões, a maior em 79 anos, 400 mil aves morreram por causa do calor. O levantamento é da Associação dos Produtores de Aves (APAS).
Segundo o presidente da entidade, Joaquín Fernández, que também é produtor de frango e poedeiras, as mortes aconteceram ao longo dos últimos três dias. Segundo a APAS, as perdas representam entre 10% e 20% da produção de aves no Uruguai.
“Isso é absolutamente histórico, nunca havia acontecido”, disse Fernández, ao jornal El País. “É a primeira vez que algo assim acontece. Estou no setor há 43 anos e nunca experimentei”, complementou.
Segundo a APAS, o prejuízo estimado é de aproximadamente US$ 1 milhão. “Não vai ter problema de desabastecimento. E mais, estávamos um pouco superproduzidos e agora vai se normalizar, o abastecimento vai ser administrado de acordo com as necessidades da população”, explicou.
Ao todo, 135 famílias de produtores registraram perdas com a morte das aves. A APAS contou que as autoridades já foram notificadas, mas, até o momento, o Ministério da Agricultura do país vizinho ainda não se manifestou.