O manejo do pasto pode favorecer pode aumentar a eficiência da pecuária de corte, e ainda auxiliar os animais para colher a forragem. Entre os métodos disponíveis, os produtores podem optar pelo pastejo contínuo ou rotacionado. Em entrevista ao Rural Notícias, a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, Patrícia Menezes Santos, explica a diferença entre os dois manejos.
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“O pastejo contínuo é aquele onde você deixa os animais no pasto durante um longo período. Geralmente, o gado permanece durante todo o período das águas no mesmo pasto. No rotacionado há um rodízio de animais em um conjunto de até quatro pastos diferentes. Podemos ter até 4,5 piquetes onde os animais rodam em um pasto diferente por dia em m modelo mais sofisticado”, explica a pesquisadora.
A especialista ressalta que os dois modelos podem produzir resultados semelhantes para o pecuarista. No entanto, com pastejo rotacionado, o produtor conta com mais ferramentas para atuar com o pasto. “Nesse sistema, o produtor tem um controle melhor sobre os animais e sobre o quanto daquela forragem os animais vão conseguir colher”. Mas Patrícia faz o alerta. “Esse pastejo tem suas limitações. Você precisa ter uma estrutura melhor na fazenda, como estrutura de pasto e mais bebedouros, por exemplo. Nem sempre as propriedades estão adaptadas para esse tipo de manejo”.
Caso a fazenda não esteja preparada para o pastejo rotacionado, a pesquisadora da Embrapa recomenda que o pecuarista dê início ao manejo com pequenos lotes de animais, fazendo a alternância de pasto a cada 30 dias.