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Boi

Preço do bezerro continuará firme no curto prazo, aponta Scot Consultoria

Enquanto isso, a arroba do boi gordo não está conseguindo acompanhar, apertando a margem dos recriadores e invernistas

O preço do bezerro continua subindo mais do que o boi gordo, de acordo com a Scot Consultoria. Em fevereiro do ano passado, o pecuarista precisava do equivalente a 8,5 arrobas do animal terminado para adquirir um bezerro desmamado, em São Paulo. Neste mês, esse número subiu para 9,42.

Acontece que o bezerro desmamado, que custava R$ 1.700 na praça paulista no ano passado, subiu 64% e chegou a R$ 2.800 neste mês. Enquanto isso, o boi gordo registrou alta de 56%, saindo de R$ 190 para R$ 297,50.

“Com isso, temos uma queda do poder de compra do recriador e do invernista, especialmente em relação à categoria do bezerro desmamado, mas também em todo o mercado de reposição”, afirma a coordenadora da divisão de bovinos para reposição da Scot Consultoria, Thayna Drugowick Andrade.

Bezerro em alta

Após um ciclo de baixa atratividade para cria, que levou ao abate de fêmeas e a consequente diminuição na oferta de bezerros e aumento dos preços da reposição, o pecuarista começou a reter fêmeas. O movimento começou no fim de 2018 e foi ganhando força nos últimos anos.

Porém, a disponibilidade de animais continua baixa. Isso explica o fato de o preço do bezerro na praça paulista continuar em alta neste ano. “No curto prazo, a oferta deve se manter baixa, dando sustentação às cotações dos animais de reposição”, salienta.

Outro ponto que pesa, segundo ela, é uma demanda maior por bezerros. “Nesta época, geralmente, o pecuarista procura animais mais erados, mas a demanda está bastante aquecida por animais mais jovens”, finaliza.

Segundo Thayna, a oferta de animais de reposição só deve ser suficiente para diminuir significativamente os preços em 2023. É esperado também que esse movimento provoque o reinício do ciclo, levando a um novo abate de matrizes.

Boi gordo em baixa

O fim do auxílio emergencial em dezembro do ano passado diminuiu o poder de compra da população brasileira em 2021. Sem muitas alternativas, o consumidor do mercado interno, que responde pela fatia da demanda por carne bovina produzida no país, vem migrando para proteínas mais baratas.

Por conta disso, a indústria não está conseguindo repassar o valor do boi gordo para a proteína, o que leva a ajustes negativos na arroba.

“Somado a isso, precisam ser citadas as incertezas em torno das exportações de proteína animal brasileira em 2021, com notícias de uma recomposição acelerada do rebanho de suínos no território chinês”, comenta o analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado.

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