Os preços do boi gordo voltaram a subir nas principais praças de produção e comercialização do Brasil. “A oferta de animais terminados, prontos para o abate permanece restrita em grande parte do país, condição que não deve apresentar contundentes mudanças no curto prazo”, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
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De acordo com ele, é importante também dentro da atual conjuntura o registro de uma estiagem prolongada, que segue influenciando a condição das pastagens em grande parte do Centro-Oeste do país, levando a crer que seguirá a dependência dos frigoríficos em relação à oferta de confinados durante o último trimestre, uma vez que os animais de pasto estarão aptos ao abate apenas no primeiro trimestre de 2021.
“Em termos de exportação, a China segue importando volumes substanciais de proteína animal brasileira, fato que não sofrerá mudanças no restante do ano”, aponta Iglesias
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 248 a arroba, ante R$ 246 a arroba ontem. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços subiram de R$ 242 a arroba para R$ 243. Em Dourados (MS), os preços ficaram em R$ 241,00 a arroba, contra R$ 239,00 a arroba na quarta-feira, 9 Em Goiânia (GO), o valor indicado foi de R$ 240 a arroba, ante R$ 235,00. Já em Cuiabá (MT), as cotações ficaram estáveis em R$ 222 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram entre estáveis a mais altos. Conforme Iglesias, a reposição entre atacado e varejo permanece em bom nível no decorrer desta primeira quinzena de setembro, com a entrada da massa salarial na economia impulsionando o consumo. “Ao mesmo tempo, as exportações permanecem em bom nível, em linha com a ótima demanda da China no decorrer de 2020, sem dúvida o grande diferencial para o setor carnes nesse ano”, diz o analista.
Com isso, a ponta de agulha permaneceu a R$ 14,05 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 14,10 o quilo, e o corte traseiro aumentou de R$ 17,35 o quilo para R$ 17,50 o quilo.