Os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas praças de produção e comercialização do Brasil. “A oferta de animais terminados no geral é restrita, e os frigoríficos ainda encontram dificuldades no alongamento de suas escalas de abate”, destaca o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Conforme Iglesias, foi evidenciada neste ano uma redução no volume de contratos a termo, o que tradicionalmente oferece um alívio aos frigoríficos de maior porte. “Sob a ótica da demanda, o quadro que permanece inalterado é o de bom ritmo de embarques. Caso haja manutenção das exportações este será o melhor setembro da história em termos de volume”, aponta.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 246 a arroba, ante R$ 244 a arroba na terça-feira, 8 Em Uberaba (MG), os preços subiram de R$ 240 para R$ 242 a arroba. Em Dourados (MS), os preços ficaram em R$ 239, estáveis na comparação com a terça. Em Goiânia (GO) o preço indicado foi de R$ 235 a arroba, inalterado. Já em Cuiabá (MT), o preço ficou em R$ 222 a arroba, também estável.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram entre estáveis a mais altos. De acordo com o analista do Safras, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo, pois a entrada da massa salarial na economia segue como um importante motivador da reposição entre atacado e varejo. “No entanto, a principal justificativa para a alta dos preços em toda a cadeia pecuária segue na forte atuação da China no mercado brasileiro, comprando volumes substanciais de proteína de origem animal”.
Com isso, a ponta de agulha permaneceu a R$ 14,05 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 14,10 o quilo, e o corte traseiro aumentou de R$ 17,35 o quilo para R$ 17,50 o quilo.