Em 2020, o Brasil produziu 14,8 milhões de doses de sêmen bovino, registrando uma alta de 36% sobre o resultado de 2019, quando o resultado atingiu 10,9 milhões de doses. Os dados são do levantamento feito pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), divulgado nesta segunda-feira, 8.
“Os resultados marcam definitivamente a inseminação artificial como uma das ferramentas fundamentais para o futuro da pecuária no Brasil, e colocam o país num patamar muito importante no cenário mundial. Em 5 anos, passamos de menos de 13 milhões de doses para 21,5 milhões de doses vendidas ao cliente final”, destaca Márcio Nery, presidente da Asbia.
Foram coletadas 12.536.601 doses de genética de raças de corte, marcando um aumento de 38% em relação às de 2019. Quanto às raças de leiteiras, foram coletadas 2.363.022 doses, contra 1.739.568 doses do ano anterior.
Ainda de acordo com a entidade, as exportações cresceram 5% em relação a 2019, totalizando 508 mil doses.
Segundo Nery, as vantagens da inseminação artificial ajudam a explicar os resultados positivos do último ano. “Eu pontuo sempre o alto custo-benefício, demandando somente 1 a 2% do custo atual da produção. Ela atua não somente na ponta do aumento da produção de carne ou leite, mas também na importante redução de custos, quando se trabalha precocidade, fertilidade, resistência a doenças e eficiência alimentar”.
Para este ano, o presidente da Asbia acredita que o mercado de sêmem bovino deve ter um novo crescimento na produção. “Estamos muito preparados para seguir crescendo em 2021, acreditamos que podemos crescer perto de 25%, e isso fará com que o mercado brasileiro atinja cerca de 30 milhões de doses, um marco que será extraordinário”, finaliza.