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Queda nos preços da arroba pode estar perdendo força, diz Safras

No entanto, segundo analista da consultoria, demanda pela carne bovina ainda segue abaixo do esperado, até mesmo para fora do Brasil

boi nelore
Foto: Gabriel Faria/Embrapa Agrossilvipastoril

O mercado físico de boi gordo teve um dia de preços pouco alterados. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de baixa parece estar no limite em algumas importantes regiões produtoras.

No Centro-Oeste e no Norte do país, os frigoríficos ainda conseguem alguma vantagem ao negociar com os pecuaristas, pois contam com escalas de abate mais confortáveis. Já na Região Sudeste, os preços se acomodaram.

Enquanto isso, a demanda de carne bovina segue abaixo do normal para esta época do ano, normalmente o ápice do consumo doméstico, com uma reposição entre atacado e o varejo mais lenta do que o esperado pelo mercado. “Esta é uma consequência das dificuldades macroeconômicas provocadas pela pandemia. Somado a isso, precisa ser citado o fraco desempenho dos embarques durante a primeira semana de dezembro, resultado de um ritmo mais discreto de compras da China”, destaca Iglesias.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 265 a arroba, estáveis na comparação com a terça-feira, 8. Em Uberaba, Minas Gerais, a cotação chegou a R$ 262 a arroba, contra R$ 262 – R$ 263. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores ficaram em R$ 252 – R$ 253 a arroba, ante R$ 253. Em Goiânia, Goiás, a arroba do boi gordo foi negociada por R$ 255, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 254 a arroba, ante R$ 253 – R$ 254.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por pouco espaço para reação dos preços, em linha com a decepcionante reposição entre atacado e varejo no decorrer deste último bimestre. “Relevantes redes varejistas a exemplo de restaurantes, rede hoteleira e bares adotam uma posição mais cautelosa com o avanço da pandemia em alguns estados. O temor é de formar estoques e novas medidas de restrição serem adotadas pelos governos logo em seguida, ao mesmo tempo em que as exportações estão enfraquecidas”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 19,20 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 15,05 o quilo.