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Pecuária

Raça brangus cresce 94% na venda de sêmen no Brasil

Entre os estados que mais comercializam o produto estão Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso e Tocantins

No Brasil, um terço de sangue zebu e dois terços de britânico, a raça brangus vem crescendo ano após ano. Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) de 2018 para 2022 houve um crescimento de 94% nas vendas de sêmen da raça, sendo que 137% desse crescimento foi somente de sêmens de touros nacionais.

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Para o gerente de produto de corte europeu da CRV, empresa de comercialização de sêmen do país, Delmiro Rodrigues, as necessidades e objetivos de quem está ao Sul, são diferentes do Brasil central. E é justamente nessa diferença que o brangus se torna uma ótima opção.

“Quando falamos do cruzamento e do produto brangus, temos que falar de seus benefícios e assertividades, de onde a gente vai usar, seja no cruzamento, seja no tricross. A raça, por ter um perfil extremamente adaptável, vai crescer cada vez mais e quanto mais os criadores olharem para o centro do país e identificarem que ali também funciona um mercado adepto, via inseminação, mais conseguiremos expandir a raça”, explica Rodrigues.

Entre os estados que mais comercializaram o sêmen da raça estão:

  1. Mato Grosso do Sul (14%);
  2. Rio Grande do Sul (13%);
  3. Pará (12%);
  4. Mato Grosso (11%);
  5. Tocantins (9%).

Setor comemora crescimento da raça brangus

Para entidades do setor e pecuaristas, trata-se de um demonstrativo de que a raça vêm expandindo e sendo cada vez mais exploradas em outras regiões.

“O Sul com certeza já sabe da importância da raça e de todo o seu potencial produtivo, mas ver a crescente desses números com relação à disseminação da nossa genética em outras regiões, é um importante demonstrativo de como a raça pode contribuir com uma pecuária de maior precisão e resultados”, enfatiza o presidente da Associação Brasileira Brangus (ABB), Ladislau Lansarics Junior.

Mauricio Garcia, produtor rural da cidade de Chapadão do Céu, em Goiás, utiliza a raça desde 1999 no ciclo completo de produção e segundo ele os resultados com o uso do brangus são vistos na balança.

“Nos entrega a rusticidade necessária para os animais estarem à campo” — Mauricio Garcia

“Eu sabia que touro de raças taurinas dificilmente suportaria trabalhar em nossa região, então, primeiramente eu investi no uso do brangus em IATF e depois adquiri o próprio animal porque os resultados foram muito satisfatórios, nos entrega a rusticidade necessária para os animais estarem à campo, desempenho esperado desde peso à desmama, ao abate, precocidade sexual e de terminação, qualidade da carne, é uma raça equilibrada que está sempre atingindo os melhores resultados entre os critérios que buscamos”, afirma Garcia.

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