Até a quarta semana de abril, a média diária exportada de carne bovina ronda as 7 mil toneladas. Com isso, o país pode fechar o mês tendo embarcado entre 135 e 140 mil toneladas, o que seria um recorde para abril. A análise é do analista de mercado Yago Travagini, da Agrifatto.
Para os próximos meses, ele afirma que é difícil cravar, mas a China continua demonstrando um grande apetite pela carne bovina brasileira. “A peste suína africana voltou e está causando muito receio. E mais da metade da nossa exportação vai para China. Então, sim, há expectativa de, pelo menos, manutenção do patamar de 130 a 140 mil toneladas em maio”, diz.
Travagini lembra que o segundo semestre costuma ser ainda mais positivo para as exportações da proteína. Desta forma, mesmo que as exportações sigam levemente abaixo no acumulado de 2021 até a quarta semana de abril, quando comparadas ao total embarcado no mesmo período do ano passado, o cenário de médio prazo é positivo.
Como fica o boi gordo neste cenário?
O analista de mercado afirma que as pontas da oferta e demanda estão medindo forças neste momento em uma briga bastante intensa. Pesará sobre as cotações o aumento de oferta, provocado pela deterioração das pastagens. Por outro lado, com as exportações de carne bovina aquecidas, o setor encontra certa sustentação. Assim, no curto prazo, a arroba deve seguir entre R$ 315 e R$ 320, em São Paulo.