O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira, 5. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os negócios seguiram ocorrendo em patamares recordes de preço.
“Basicamente, o cenário de restrição de oferta impossibilita que os frigoríficos alonguem suas escalas de abate. Por outro lado, o limitador para altas ainda mais agressivas é a situação da demanda, bastante desaquecida no decorrer do primeiro bimestre. A descapitalização do consumidor médio gera dificuldades para que os frigoríficos repassem o adicional de custo da matéria-prima ao restante da cadeia produtiva”, assinala Iglesias.
Ainda de acordo com a Safras, a margem operacional está bastante pressionada neste momento, principalmente para os frigoríficos que atuam apenas no mercado doméstico. Os frigoríficos habilitados a exportação, principalmente os habilitados para atender o mercado chinês, ainda dispõem de uma condição privilegiada no que diz respeito às receitas.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294. Em Cuiabá, o valor ficou em R$ 291. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços chegaram a R$ 300.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, não há grande espaço para reajustes mesmo no período de virada de mês, avaliando os preços já proibitivos da carne bovina varejo. Em linhas gerais, o consumidor médio não consegue absorver reajustes e simplesmente migra para proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,60 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,60 o quilo.