No plano de produção para a indústria, o projeto tem 439 famílias envolvidas em 24 assentamentos em 15 municípios do Rio Grande do Sul. A área cultivada é de 3,401 mil hectares e a produção estimada é de 289,955 mil sacas (base casca/seco), o equivalente a 14,5 mil toneladas.
Na produção de sementes, o projeto tem 30 famílias envolvidas em oito assentamentos em seis municípios do Rio Grande do Sul. A área cultivada é de 184,3 hectares e a produção estimada é de 21,170 mil sacas (base casca/seco).
O assentamento Filhos de Sepé participa da produção de arroz orgânico desde 2002. Criado em 1998, é o maior assentamentos do Rio Grande do Sul, com uma área total de 9,4 mil hectares. Possui condições ambientais especiais: está inserido na Área de Proteção Ambiental Banhado Grande e contém, em seus limites, outra unidade de conservação, o Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pachecos. Esta última área, com cerca de 2,5 hectares, foi cedida pelo Incra à Secretaria Estadual do Meio Ambiente em 2002.
Arroz agroecológico
A produção de arroz agroecológico começou a ser desenvolvida em 1999 nos assentamentos de reforma agrária da região do entorno da Grande Porto Alegre (RS). O processo é coordenado pela Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs) e pela Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre Ltda (Cootap).
A produção de arroz agroecológico busca integrar a relação entre o ser humano e os recursos naturais. Nesse processo, os agricultores fazem a gestão em todas as etapas da cadeia produtiva seguindo conceitos e princípios da agroecologia. Em todas as etapas da produção, exclui-se qualquer substância química de origem sintética.
Desde 2002, em todas as etapas da cadeia produtiva, o arroz recebe a certificado de orgânico, com base nas normas nacionais e internacionais.