Com a colheita da safra de soja atrasada, as entregas do grão vão se concentrar cada vez mais em um mesmo período e pode dificultar a logística em diversas áreas onde a chuva tem piorado a condição das estradas.
Contudo, na próxima semana, a chuva deve ficar mais espaçada, permitindo o retorno das máquinas ao campo, principalmente em regiões produtoras de Mato Grosso, Tocantins e Pará. Com trégua nos temporais, os transtornos nas estradas também devem ser controlados.
Para a próxima semana, há previsão de temporais em grande parte do Brasil, inclusive no Sul do país, por conta de uma rápida passagem de uma frente fria. Entre Minas Gerais e Goiás, a chuva deve acumular 70 mm. Já nas regiões produtoras do Norte do Brasil, a previsão é de 100 mm acumulados.
De 25 de fevereiro a 1º de março, a chuva deve permanecer em regiões centrais do país, mas com volumes menos expressivos.
De acordo com a Somar Meteorologia, o excesso de água é uma das condições do Lã Niña, que deve causar um outono úmido no Centro-Oeste e Sudeste do país. “Mas isso não é completamente ruim. Isso porque as chuvas podem favorecer o plantio do milho, que terá início no mês de maio deste ano”, diz a meteorologista Desirée Brandt.
Chuva em maio
Em maio, onde a chuva tende a ser menos frequente, será essencial para o plantio do milho. Na primeira semana, no oeste de Mato Grosso, estão previstos 62 mm, centro-sul 77 mm, sudeste 106 mm e médio-norte 71 mm de chuva.
De 9 a 15 de maio, nas áreas ao norte do estado, a chuva deve durar mais dias. Nas regiões produtoras do nordeste de Mato Grosso, estão previstos 61 mm, noroeste 100 mm e norte, 88 mm. Segundo a Somar, esses volumes representam mais que o dobro da média histórica em relação ao mês de maio.