Adidos agrícolas, situados em Pequim, receberam nesta quarta-feira, 15, uma carta de autoridades chinesas pedindo que o governo brasileiro suspenda as exportações para o país asiático de mais dois frigoríficos. Atualmente, seis plantas já estão com habilitações suspensas temporariamente, por conta de casos de coronavírus entre funcionários.
Para o comentarista do Canal Rural e ex-secretário de Política Agrícola, Benedito Rosa, o comportamento do governo chinês não se resume apenas à questão sanitária, mas sim geopolítica.
Notícias Relacionadas
“Entendo que essa questão não se resume apenas a tema de sanidade. A China também fez a mesma exigência aos frigoríficos da Argentina. A minha leitura é mais ampla no sentido de que, temos que levar em consideração os aspectos geopolíticos que envolvem a China com os Estados Unidos e outros países. De um lado, a economia chinesa está crescendo menos a partir de junho do que ocorreu no primeiro quadrimestre. As exportações chinesas subiram apenas 0,5% no mês passado em relação ao mesmo período de 2019. O tratado entre China e EUA prevê importações em US$ 200 bilhões em mercadorias, US$ 32 só de alimentos”, explicou Benedito Rosa.
“Ou seja, a China deve está bem abastecida, está recuperando o plantel de suínos, a demanda por alimentos não está tão aquecida e logo, é preciso conter o fornecimento de carnes e outros alimentos”, disse.
