No Conexão Agro desta semana, Alessandra Mello e Luiz Cornacchioni entrevistam Valdemar Fischer, diretor regional da Syngenta para a América Latina.
Segundo Fischer, o mercado mudou drasticamente desde que a Syngenta conquistou a liderança de mercado no Brasil, em 2003-2004. “Os desafios naquela época estavam na forma de financiamento. Fomos os pioneiros no desenvolvimento do barter por aqui”.
Atualmente, a questão regulatória é o que ele considera mais importante. “A lei que regula nosso setor é de mais de 30 anos. Ficamos um pouco para trás em termos de regulamentação. Para ter uma ideia, temos um produto lançado há dois anos na Argentina para a soja, uma molécula extremamente inovadora, que os brasileiros ainda não têm acesso por conta da questão regulatória”, disse o diretor da Syngenta.
Segundo Fischer, há uma falta de conhecimento sobre os benefícios dos agroquímicos enter a população de todos os países. “A forma como estamos tentando endereçar esse problema é trazer mais informações para os consumidores em geral, mostrando como [os agroquímicos] facilitam a produção de alimentos em áreas cada vez menores, diz.
“Se tivéssemos que produzir alimentos sem o uso de agroquímicos com a produtividade que tínhamos na década de 1980, seriam necessários ao redor de 30 milhões de hectares adicionais no Brasil“, afirma Fischer. “O processo de inovação da empresa envolve trazer produtos cada vez mais seguros e com menor impacto ambiental”.