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Direto ao Ponto

Biofertilizantes podem reduzir dependência brasileira de importados

A opinião é do CEO da multinacional Oceana Minerals, Rafael Ughini; programa Direto ao Ponto abordou o potencial desses bioinsumos para aumentar a competitividade do agricultor brasileiro

Para entender como os biofertilizantes poderão aumentar a competitividade do agricultor brasileiro, o programa Direto ao Ponto deste domingo, 13, conversou com o CEO da multinacional Oceana Minerals, Rafael Ughini. A empresa brasileira é referência internacional no desenvolvimento de produtos à base de algas marinhas para nutrição de animais e plantas.

Segundo Ughini, a combinação entre biofertilizantes com insumos tradicionais deverá aumentar a produtividade das lavouras e reduzir os custos do setor. Para ele, não se trata de produtos necessariamente substitutivos. “Não digo que deixará de utilizar fertilizantes tradicionais. Mas, ao utilizar biofertilizantes em conjunto, você consegue resultado ainda melhor”, disse.

Reduzir a dependência da agricultura brasileira para insumos importados deverá ser outra contribuição dos bioinsumos nos próximos anos. O executivo explicou que mais de 80% dos fertilizantes das lavouras brasileiras vêm do exterior. Momentos de alta do dólar aumentam os gastos com os produtos importados. “A utilização de mais biofertilizantes é um dos caminhos que pode trazer uma gradual redução dessa dependência”, destacou Ughini.

Os bioinsumos também vão agregar mais alternativas ao conjunto de tecnologias sustentáveis disponíveis para o agricultor brasileiro. Na prática, deverão fortalecer a imagem do setor no mercado interacional. “Como consumidores, seja no exterior, seja aqui mesmo no Brasil, estamos questionando mais sobre as fontes. De onde vem isso? O que estamos fazendo hoje vai ser sustentável para as novas gerações?”, disse

O executivo observou, por exemplo, a preocupação pelo manejo sustentável dos recursos marinhos para a produção dos biofertilizantes da Oceana. Na prática, a empresa recolhe material calcificado de algas mortas. “Nós nunca mexemos na alga viva”.

Rafael Ughini ainda destacou o momento adequado em que o governo federal lançou o Programa Nacional de Bioinsumos (PNB), em maio de 2020. Para ele, a iniciativa reitera a sustentabilidade ambiental da agricultura brasileira. “O Brasil é uma grande potência agrícola. Nossas reservas são um exemplo para o mundo. A utilização de mais bioinsumos, com o apoio de um programa como esse, vai continuar demonstrando que o produtor é capaz de produzir mais e de forma muito sustentável”, concluiu Rafael Ughini.

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