Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agronegócio

‘Brasil deve ter condições iguais às de vizinhos do Mercosul no acordo com UE’

O deputado Sérgio Souza quer garantir que demais países do bloco também cumpram legislação e exigências; confira o programa que trata de temas que conectam as decisões do Congresso Nacional com a sociedade

‘Brasil deve ter condições iguais às de vizinhos do Mercosul no acordo com UE’

Conteúdo Especial

O programa Conexão Brasília desta terça-feira, dia 9, tratou de assuntos que estão tramitando no Congresso Nacional e que interferem diretamente na vida do campo e da cidade. O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), comentou sobre a negociação envolvendo o livre comércio entre Mercosul e União Europeia. De acordo com o Ministério da Economia, o acordo entre os dois blocos deve representar um aumento de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar até a US$ 125 bilhões, ao Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O acordo será benéfico para quem produz e para quem consome.

Mas Souza é categórico: o produtor rural brasileiro tem que ter as mesmas condições que os colegas do Mercosul. “É muito bom esse tratado, esse acordo com a comunidade europeia. No entanto, nós queremos que os demais países cumpram como a gente a legislação ambiental, para reservas indígenas, para defensivos agrícolas, dando igualdade e condições ao produtor rural brasileiro, sem medo de competir. Inclusive, o Brasil vai cumprir o Tratado de Paris, que prevê as metas para o aquecimento global e o setor agro defende isso, inclusive, a FPA defende o desmatamento zero”, disse Sérgio Souza.

Transporte de animais vivos

O projeto de lei que estabelece altura máxima para transporte de animais vivos está em fase conclusiva na Câmara dos Deputados. A proposta, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, também determina que o motorista desse tipo de veículo deverá ter habilitação nas categorias D e E, além de treinamento especializado. Hoje, a altura máxima para transporte de animais é de 4,4 metros. O projeto de autoria do deputado federal Zé Silva (SD-MG) prevê a altura máxima de 4,7 metros. A intenção é beneficiar os quatro elos da cadeia.

“Não haverá maus tratos aos animais; empresas e transportadores autônomos terão mais competitividade; o produtor rural, melhor preço no produto; a indústria, mais qualidade; e pontes e viadutos serão preservados”, disse Zé Silva.

Reforma da Previdência

Outra questão discutida no Conexão Brasília foi a reforma da Previdência. A Frente Parlamentar da Agropecuária garantiu pontos importantes na discussão da nova Previdência, como a manutenção do atual custo de produção agrícola do país e a competitividade no mercado internacional. Para o deputado federal Evair de Melo (PP-ES), garantia de sustentabilidade no abastecimento alimentar do Brasil e do Mundo, além da saúde financeira do agricultor para que ele continue plantando.

“Conseguimos incluir duas questões importantes: a isenção de contribuições sociais sobre as exportações, que garante sucesso à economia brasileira – dependente das vendas externas dos produtos agropecuários, e a possibilidade de perdão ou reabertura de prazo para adesão à programas de regularização de dívidas dos produtores, como a do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural)”. lembrou o 2º vice-presidente da FPA.

Comunidades indígenas

A permissão para que índios pratiquem atividades agropecuárias e florestais nas suas terras e possam comercializar os produtos também foi tratada no programa. É o que propõe a Proposta de Emenda à Constituição 187-2016, de autoria do deputado Vicentinho Silva (PL-TO). Atualmente, grande parte dos indígenas brasileiros se encontra em condições de miséria, dependendo de programas de transferência de renda, entregues ao alcoolismo, ao endividamento e a condições indignas de trabalho.

Por outro lado, calcula-se que na reserva indígena Raposa Serra do Sol, localizada no nordeste de Roraima, exista um rebanho de aproximadamente 38 mil cabeças de gado, fazendo com que a comercialização da carne seja uma das principais fontes de renda na região. Entretanto, a falta de regulamentação da atividade leva muitos indígenas locais a atuarem na informalidade.

Diante disso, a PEC 187-2016 quer trazer os indígenas para o convívio social de quem não pertence à comunidade. Para o deputado federal Nelson Barbudo (PSL-MT) é preciso que o índio seja inserido à vida do homem branco para ter dignidade. “Estamos sendo procurados por mais de 100 etnias que querem fazer parcerias com agricultores para gerar renda e ter condições de vida dignas. O que vimos no passado é descaso com a comunidade indígena e isso tem que acabar”, afirmou o parlamentar.

Conteúdo Patrocinado

Sair da versão mobile