A criação de um plano de apoio à cadeia produtiva do leite foi o tema do programa Conexão Brasília desta terça-feira, 11. Segunda a deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), 80% das demandas elencadas em todas as etapas do Fórum Nacional de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite tiveram um retorno do governo.
O fórum, promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), consistiu em uma série de seis audiências virtuais com a participação de produtores, indústria, cooperativas e governo. A série foi encerrada nessa segunda-feira, 10, com a participação dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Tereza Cristina.
A parlamentar afirmou que o governo está desenvolvendo programas com linhas de crédito e incentivos à cadeia leiteira. “Alguns (pontos) ficaram como tarefa de casa, tanto para Embrapa, Emater, como para os ministérios, para que nós possamos dar continuidade a esse trabalho”, afirmou.
Segundo a deputada, nesse trabalho foram levantados 18 pontos a serem trabalhados para atuar na melhoria da competitividade do setor. “Tratamos de preço justo, previsibilidade, criação de Conseleites em todos os estados, porque cada estado tem sua realidade, preço, eletricidade, custo de produção”, acrescentou. Os Conseleites são associações civis que reúnem representantes da indústria e do produtor rural.
“Temos uma ministra da Agricultura que preza muito por esse produto e temos um ministro da Economia que está preocupado e colaborando com todas as ações possíveis de incentivo, de melhoramento para o setor”, disse.
Aline Sleutjes reforçou que a cadeia leiteira do Brasil emprega direta e indiretamente quase 20 milhões de famílias e está presente em 5.504 municípios.
Entre os temas debatidos no fórum estão melhoria da qualidade do leite, mercados interno e externo, custo de produção e o Programa + Leite Saudável, que concede incentivo tributário ao setor.
Protocolo de Nagoya
A importância da ratificação do Protocolo de Nagoya para o setor produtivo também esteve em pauta no programa. “Essa ratificação é importante porque gera efeitos muito positivos em favor do nosso desenvolvimento econômico, do combate à pobreza. É um tema estratégico para o país”, defendeu o relator da matéria no Senado, Fernando Collor (Pros-AL).
O acordo internacional regula o acesso e a repartição justa e equitativa de benefícios dos recursos genéticos da biodiversidade. “O agronegócio vai ter acesso a recursos genéticos provenientes do exterior, fundamentais para melhoria da proteção das lavouras e do aumento da produtividade, como também para indústria porque vai dar segurança jurídica para o desenvolvimento de produtos com alto valor agregado, o futuro do nosso planeta passa pela construção e pela disseminação de uma economia verde, ambientalmente sustentável”, destacou.