Agronegócio

Covid-19: no Brasil, pandemia já afeta o mercado de trabalho da agropecuária

Segundo os pesquisadores, a doença resultou em um menor número de pessoas ocupadas no setor em março, mesmo que em pouca intensidade

A população ocupada no agronegócio se manteve praticamente estável na comparação entre os primeiros trimestres de 2019 e 2020, segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O total no período foi de 17,97 milhões de pessoas, baixa, provavelmente não significativa estatisticamente, de ligeiro 0,53% no período.

No Brasil como um todo, o número de ocupados teve crescimento ainda menor no mesmo período, de 0,39%. Dessa forma, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro se manteve praticamente estável, passando de 19,66% para 19,48% entre os primeiros trimestres de 2019 e 2020.

Segundo pesquisadores do Cepea, o número de ocupados aumentou nos segmentos industriais (insumos e agroindústria), mas diminuiu no segmento primário e ficou estável nos agrosserviços. Há uma tendência de queda no número de ocupados no agronegócio, influenciada pelo segmento primário, que recuou 1,97% na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2019.

Esse resultado “dentro da porteira” é reflexo da redução de 2,75% (143 mil pessoas) nas atividades agrícolas, uma vez que houve apenas ligeira queda de 0,61% (18 mil pessoas) nas atividades pecuárias.