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Mercado e Cia

Daoud: Principal socorro à agricultura familiar é garantir renda

Comentarista do Canal Rural Miguel Daoud afirma que esforço de conseguir auxílio emergencial R$ 600 ao agricultor familiar seria melhor resolvido com política agrícola de garantia de preço

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta semana que está negociando com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a possibilidade de ampliar o auxílio emergencial de R$ 600 para agricultores familiares. No dia 15 de maio, o presidente Jair Bolsonaro vetou trecho de um projeto de lei que incluía agricultores familiares, caminhoneiros e feirantes entre os profissionais que poderiam receber o auxílio emergencial de R$ 600, pagos por três meses.

“Isso estava tudo conversado, mas foi para a Câmara e colocaram muitas outras categorias. Então, teve o veto, mas nós voltamos a conversar com o ministro Onyx pra ver o que é possível fazer para atender os mais vulneráveis. Agora, eu quero dizer para vocês que aqueles que, na agricultura, são da subsistência mesmo, esses estão incluídos nessa bolsa, nesse coronavoucher, como se chamou”, disse.

O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, afirma que há diversos níveis de produtores classificados na agricultura familiar e que a ministra deveria ser mais específica ao dizer sobre o destino desse possível auxílio. 

“O Brasil possui 5,1 milhões de pequenas propriedades, destes 2,6 milhões de propriedades estariam enquadradas no Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]. Estes não precisam do coronavoucher e sim de socorro do financiamento que ele tem, através da política de preço. Outra parcela de produtores são os que já estão enquadrados no Bolsa Família”, explica.

Para ele, o principal socorro seria através de uma política agrícola que garanta renda ao pequeno agricultor e não exatamente o auxílio emergencial.

 

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