O Pantanal brasileiro é uma região endêmica da AIE, mas existem fazendas que estão conseguindo controlar a transmissão e se tornaram propriedades livres da doença. Os fazendeiros que conseguiram este controle apontam diversas vantagens em manter a tropa saudável, sem animais positivos para a AIE. Uma delas é o melhor desempenho destes equídeos nos trabalhos de campo, por exemplo. O cavalo é peça-chave para a pecuária do Pantanal, pois é utilizado diariamente na lida com o gado. Tropas sadias terão reflexo direto na atividade econômica.
Outra vantagem é que, com a AIE controlada, valoriza-se a equideocultura da região. O cavalo Pantaneiro, raça que se encontra em plena valorização, será ainda mais reconhecido se houver um esforço conjunto de controle da doença na região. A principal precaução tomada por estes fazendeiros é evitar o contato de um equídeo com o sangue de outro, já que o sangue contaminado é a principal fonte de infecção desta enfermidade. A medida não só evita que a AIE se espalhe, caso algum animal seja infectado, como também previne o contágio por outras doenças que podem ser transmitidas desta mesma forma.
Na prática, a prevenção compreende o uso de agulhas hipodérmicas e seringas estéreis, preferencialmente descartáveis, esporas não pontiagudas e higienizar freios e quaisquer outros utensílios que possam ter tido contato com o sangue do animal. Esta é a tecnologia proposta pela Embrapa Pantanal para a prevenção e o controle das doenças transmitidas pelo sangue de equídeos infectados a equideos sadios, com ênfase na prevenção e controle da AIE no Pantanal. Um aspecto também muito importante a ser considerado nesta tecnologia é o descarte apropriado das agulhas após a sua utilização.
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