A cultivar foi desenvolvida em parceria com a Unidade Regional Norte de Minas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano.
A resistência ao mal-do-panamá e à sigatoka-amarela e a moderada resistência à sigatoka-negra quando comparada com a cultivar Prata-Anã são os principais diferenciais da BRS Platina. A nova cultivar dispensa a aplicação de fungicidas, sejam eles preventivos ou curativos, para o combate a essas doenças. Como resultado, o agricultor terá a redução do custo de produção e de agressão ao meio ambiente e a ausência de resíduos de veneno nos frutos.
A BRS Platina apresenta bom perfilhamento, porte médio e características, tanto de desenvolvimento quanto de rendimento, idênticas às da Prata Anã. Os frutos também se parecem em forma, tamanho e sabor, porém devem ser colhidos com a casca um pouco mais verde, à semelhança das variedades do tipo Cavendish, como a Grande Naine, por exemplo.
A BRS Platina é também levemente mais ácida e menos doce que a Prata Anã. Ela já foi lançada em áreas produtoras da Bahia e do Rio Grande do Sul. Uma rede nacional de avaliação do desempenho agronômico dessa cultivar encontra-se em curso, para a recomendação futura em outras localidades onde a bananicultura se faz presente na produção comercial e se constitui em fonte de renda. É indicada para agricultura familiar e também para a agricultura orgânica, pois aceita manejo mais rústico.