A destinação adequada ao lixo de origem urbana e agrícola é uma das grandes preocupações de gestores públicos e um desafio para a pesquisa na busca de soluções sustentáveis para o problema. A Embrapa Instrumentação em parceria com empresa incubada Aliança Orgânica desenvolvem um projeto que está sendo testado em São Carlos (SP), e pode representar um avanço para resolver a questão.
O novo processo de compostagem apresentado pelo empresário e pesquisador Márcio Pereira Borali, proprietário da Aliança Orgânica, é diferenciado do método tradicional, pois possui três fatores relevantes: o sistema de controle, trituração do material e a ação de microorganismos. Isto colabora para que o tempo do processo diminua de 90 dias para, aproximadamente, 50 dias, além de obter um produto final de melhor qualidade, padronizado e homogêneo, sem gerar novos passivos ambientais como chorume e rejeitos. O método tradicional de compostagem envolve a montagem de leiras em céu aberto, sujeitas às intempéries do tempo.
Atualmente, a unidade piloto processa de uma a três toneladas por dia de resíduos orgânicos em um espaço de 100 m². Borali assegura que o reuso dos resíduos orgânicos, como restos e sobras de frutas, verduras, legumes recolhidos diariamente de estabelecimentos na área central da cidade e o reaproveitamento desse material possibilita desviar grande parte do lixo que é encaminhado ao aterro sanitário, prolongando sua vida útil.