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Dia de Campo na TV mostra alternativa para o saneamento básico na área rural

Programa inédito vai ao ar nesta sexta, dia 28, às 9h, no Canal RuralO Dia de Campo na TV inédito que vai ao ar nesta sexta, dia 28, às 9h, no Canal Rural, destaca uma iniciativa da Embrapa Instrumentação para promover o saneamento básico na área rural e a destinação correta dos resíduos sólidos, de origem domiciliar: o jardim filtrante.

O jardim filtrante é uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural, que inclui fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa. A proposta é evitar as chamadas fossas negras, transformar o esgoto doméstico da área rural em adubo orgânico, promover o saneamento básico e proteger o meio ambiente.

Como a fossa séptica trata apenas o esgoto humano, o jardim filtrante surgiu como uma alternativa para dar um destino adequado à água cinza da residência, constituída de efluentes provenientes de pias, tanques, chuveiros e o efluente tratado da fossa. Apesar do seu poder contaminante ser bem menor que a água negra, a água cinza merece também uma atenção, já que vem impregnada de sabões e detergentes, bem como restos de alimentos e gorduras.

A fossa séptica biodigestora é um sistema que o próprio produtor rural pode fazer. O esgoto doméstico é desviado do vaso sanitário por meio de uma tubulação que vai até caixas de fibra de vidro praticamente enterradas no chão. Para uma família de cinco pessoas, a sugestão é instalar de três a quatros caixas de fibra de vidro. O adubo orgânico gerado pela fossa séptica biodigestora deve ser aplicado somente no solo, em pomares e outras plantas onde o biofertilizante não entre em contato direto com alimentos que sejam ingeridos crus.

O primeiro passo para a instalação do jardim filtrante é a escolha do local, depois abre-se uma cova com dez metros quadrados. Esse tamanho é ideal para uma família de cinco pessoas. A cova terá o fundo impermeabilizado com uma geomembrana de polietileno de alta densidade ou equivalente, preferencialmente protegida por mantas de bidim – manta geotextil de drenagem utilizada na construção civil.

Antes da entrada do jardim filtrante, o esgoto passa por uma caixa de retenção de sólidos e uma caixa de gordura. A saída do líquido tratado ocorre por uma tubulação em forma de caximbo (conhecido popularmente como monge), que também regula o nível da água no jardim. A entrada e a saída serão instaladas em pontos opostos da caixa. O local do jardim filtrante será preenchido com brita e areia grossa.

O próximo passo é fazer uma pequena curva de nível em torno do jardim, sob a geomembrana e o bidim, isso impede que a enxurrada entre no sistema. O penúltimo passo é colocar a água. O jardim filtrante deve ficar saturado com água, mas deve-se evitar a formação de lâmina d’água, para não permitir a procriação de mosquitos.

O próximo passo é inserir plantas macrófitas aquáticas que, durante o seu desenvolvimento, vão retirar nutrientes da água para depurá-la e ter um ambiente visualmente agradável. Podem ser colocadas flores que suportem um meio saturado com água, como copo de leite e lírio do brejo e ornamentado com pedras.

Saiba mais sobre esse processo no programa desta sexta, a partir das 9h.

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