Você vai ver que, atualmente, só é possível produzir três safras agrícolas por ano com o ajuste de sistemas produtivos manejados em Sistema Plantio Direto. Exemplo disso é a integração lavoura-pecuária, que associa a produção de grãos com produção animal em uma mesma área. Entre as opções do sistema está o consócio milho-braquiária, viável economicamente e adaptado ao sistema produtivo da agropecuária na região Sul do Brasil.
O programa mostra que o consórcio milho-braquiária atendeu à necessidade de intensificar e diversificar os cultivos, eliminando o período da entressafra, que deixava um vazio desde a colheita do milho até a formação da pastagem no outono, e também permitiu manter o solo coberto ao longo do ano e reduzir a compactação, através do intenso e profundo sistema radicular da braquiária.
– Esse arranjo de culturas vai permitir três safras em um único ano agrícola, um sistema que otimiza a circulação de renda na propriedade, produzindo palha com quantidade, qualidade e na frequência que o solo exige. A rotação e a cobertura permanente ainda promovem melhoria biológica, física e química do solo – explica o pesquisador da Embrapa José Eloir Denardin.
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No consórcio, a colheita de milho, na forma de silagem ou na forma de grão, ocorre de quatro a cinco meses antes da época de semeadura da safra de inverno. Da mesma forma, a braquiária semeada na entrelinha do milho produz pastagem de qualidade e a custo baixo.
A braquiária está disponível logo após a colheita do milho, época de escassez de alimento animal, em que o suprimento do gado leiteiro é limitado à oferta de feno ou de concentrado. O pasto gerado pela braquiária nesse período é abundante e pode se prolongar até a ocorrência das primeiras geadas, em abril ou maio. A geada desseca a braquiária, deixando a palhada pronta para semeadura da cultura de inverno ao longo do mês de junho, seguida pela semeadura de soja em meados de novembro.
