Em sua participação no programa “Direto ao Ponto” deste domingo, dia 31, o assessor econômico da entidade, Leonardo Zílio, explicou que a maior parte do biodiesel brasileiro origina-se do esmagamento da soja. Para ele, o atual cenário, de grande estoque internacional e alta produção no país, favorece o aumento da mistura nos combustíveis.
Apesar de incentivos para produção de biodiesel a partir de outras fontes, como mamona, ele diz que a soja é o que faz mais sentido para transformar em biodiesel, pois é gerado a preço acessível e o restante, o farelo, vira alimentação para animais, que se tornam alimento na mesa do brasileiro.
O assessor expôs ainda o projeto “BX Opcional”, que aumenta a porcentagem de mistura do biodiesel por litro de diesel – atualmente, ela passou de 5% para 7%. O plano pressupõe que a distribuidora faria avaliação de preços, do diesel e do biodiesel, e decidiria essa porcentagem. O resultado seria menos importação, mais emprego e renda para os locais onde têm indústrias, incremento no PIB e, além de tudo, ganhos ambientais.
O Ministério de Minas e Energia já sinalizou positivamente para essa medida, como forma de incentivo ao consumo regional, justamente onde o preço do biodiesel compensa o do diesel.
Segundo informações de Leonardo, atualmente 32 ônibus da linha verde de Curitiba já circulam com B100, ou seja, 100% de biodiesel. Mas para isso virar realidade no país, é uma discussão longa, que depende de tecnologia, distribuição, aumento de esmagamento.