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Conheça os mitos e as verdades sobre o agronegócio

Consultor da CNA desmistifica questões que prejudicam a imagem do setor

Fonte: Canal Rural

Você já ouviu dizer que o brasileiro consome até 5 litros de agrotóxicos por ano? E que os alimentos transgênicos fazem mal à saúde? Ou, ainda, que apenas grandes produtores conseguem ganhar dinheiro com a atividade agropecuária? Para o consultor em Tecnologia da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré, essas e outras afirmações são mitos. Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, ele explica por que essas questões não são verdadeiras e orienta o agricultor a usar cada vez mais o aparato tecnológico disponível no mercado para obter melhores resultados na lavoura e no bolso. O especialista ainda comenta a compra da Monsanto pela Bayer, a nova lei de agroquímicos e as mudanças na Lei de Proteção de Cultivares em análise na Câmara dos Deputados.

Minaré tem um quadro chamado Agromitos no Jornal do Produtor, programa do Canal Rural X, parceria entre o Canal Rural, o sistema CNA, o Senar e o Instituto CNA. Na entrevista, o consultor desvenda algumas afirmações de setores da sociedade que servem como marketing negativo para o agronegócio. Sobre o consumo excessivo de agrotóxicos no Brasil, por exemplo, ele diz que não há nenhuma comprovação sobre a presença de resíduos de produtos químicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor. 

Já sobre a possibilidade de mudar o sistema de produção agrícola, com uso de defensivo para integralmente orgânica, ele destaca ser inviável. “Não se consegue produzir em larga escala sem o uso de agrotóxicos. A FAO diz que o mundo tem 40 dias de reserva de alimentos se a produção parar. O risco de abastecimento é pior se optarmos por essa opção do que o risco de consumir alimentos produzidos com os defensivos”. A mesma lógica vale para o consumo de transgênicos. “A presença de qualquer bactéria em um produto orgânico é muito mais danosa do que um possível resíduo de agrotóxico. Consumir transgênico é seguro, passa por estudos sérios e a aprovação no país pela CTNBio”.

Rentabilidade da produção

Ao analisar a afirmação de que “só o grande produtor ganha dinheiro”, Minaré deu dicas excelentes sobre como ter rentabilidade na atividade agropecuária. A principal indicação é o uso de tecnologia. “No Brasil, 70% das propriedades não usam a tecnologia devida para a produção. E essa tecnologia já existe”. Para ele, além disso, o agricultor precisa desenhar o modelo de negócio, conhecer os gastos, os ganhos, os investimentos. Mas ainda existe uma barreira nesse quesito. “Menos de 30% dos produtores fazem esse planejamento seguro para buscar o padrão de renda que almeja. É preciso ter foco e buscar informação”.

Fusão Bayer x Monsanto

Sobre a aquisição da Monsanto maior empresa de biotecnologia do mundo, pela Bayer, gigante do setor químico, por mais de US$ 66 bilhões, Minaré afirma que o negócio gera uma concentração do mercado e que isso é prejudicial para o agro. Segundo ele, é necessário repensar como sobreviver a essas fusões. Ele aposta na capacitação e formação de pensamento crítico dos profissionais que estão nas entidades representativas do setor, para saber identificar a divisão de lucros na cadeia produtiva.

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