O Direto ao Ponto desta semana entrevistou o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Fabrício Morais Rosa, que traz temas importantes para a agropecuária brasileira. Ele fala sobre a nova lei dos defensivos agrícolas, o impasse com os fertilizantes e a relação dos produtores com os bioinsumos.
O diretor começa explicando que é de interesse da sociedade o projeto de lei dos defensivos agrícolas. “No início deste ano finalmente conseguimos aprovar o projeto para seguir pro Senado. E hoje se tem a discussão se deve ou não aprovar o projeto. Temos feito um trabalho de desmistificar o projeto e mostrar porque o Brasil realmente precisa dele. Ele moderniza a lei de agrotóxicos de 1989 e ao longo do tempo outros países modernizaram a sua legislação. O Brasil ficou na lanterninha. Outros países estão com produtores melhores, mais modernos e nós aqui demoramos pelo menos oito anos para a aprovação de um produto”, afirma.
Fertilizantes
Ele falou sobre a opinião da Aprosoja Brasil quando o assunto é fertilizantes. “A questão que a gente levanta é que o preço subiu muito desproporcionalmente aos choques que vimos. E, com relação a outros países, não existe uma explicação coerente com o preço que hoje é pago pelo produtor brasileiro, nem mesmo em relação à própria matéria-prima. Nosso papel neste momento vai ser trazer luz e explicar o que está acontecendo no mercado atualmente”, diz Rosa.
Bioinsumos
Outro assunto em destaque na entrevista foram os bioinsumos, segundo o representante da Aprosoja Brasil, uma conquista muito importante que ao longo do tempo vem crescendo no país.
“A lógica de compra de cepas para nós faz muito sentido e primamos pela qualidade e controle dos materiais. Dentro disso, o que tem sido trabalhado é que existe um risco de contaminação e envenenamento com a produção on farm (dentro da propriedade) em alguns produtos. E a gente sabe que nessa multiplicação não existe risco nenhum. Os insumos são necessários para a segurança alimentar, o bioinsumo é o futuro da agricultura, e a gente não pode parar o futuro, não pode parar a evolução que é inevitável”, afirma.