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GO: exportações sustentam crescimento na produção

Para diretor da Faeg, apesar da falta de infraestrutura e de endividamentos, produtor do estado demonstra otimismo

Fonte: Direto ao Ponto

Apesar dos problemas enfrentados com logística, falta de infraestrutura e de endividamentos, o setor agrícola de Goiás está otimista com o crescimento do mercado da soja. A constatação foi feita pelo assessor técnico e econômico da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás), Pedro Arantes, em entrevista ao Programa Direto ao Ponto desta semana. De acordo com o especialista, observou-se um aumento de 35% na produção do estado e isso se deve, entre outros fatores, às vendas externas.

Arantes explica que hoje somente 30% do grão de Goiás é destinado ao comércio internacional e o que resta fica no país. Assim, para o especialista, existe um equilíbrio de oferta e não há como faltar soja para a indústria. Por outro lado, o maior recurso de crédito para o produtor vem das tradings, e não do governo. Embora a maior parte fique no estado, quem garante, por sua vez, o volume mais robusto de subsídios ao produtor são as empresas de fora.

Esse é um dos motivos pelos quais as entidades, sobretudo a Faeg e a Aprosoja, se preocuparem tanto com o decreto nº 8.548/16, criado pelo estado de Goiás, que ainda está em espécie de “stand by” e a qualquer momento pode entrar em vigência se não for revogado. As portarias que autorizam a implementação do decreto não valem mais. Mas, se o governo sanciona uma nova, a regra de limitar as exportações ao produtor em 70% da sua safra, obrigando-o a deixar 30% no estado (passível de tributação) começa a valer novamente.

Nos últimos meses, as entidades têm feito diversas campanhas e estão em contato direto com as autoridades responsáveis para acabar com qualquer possibilidade de volta do decreto. “Nós conversamos com o Governador e a promessa é de que ele será revogada nos próximos dias”, afirma Arantes.

Infraestrutura e Logística

Além do limite das exportações, outra situação que tira o sono do produtor goiano é a precariedade das rodovias para o escoamento de grãos. Segundo o técnico da Faeg, uma das maiores expectativas é o pleno funcionamento da Ferrovia Norte/Sul. “Ela foi inaugurada três vezes, contrataram uma trading para fazer três demonstrações com cargas de 20 mil toneladas, fizeram só uma viagem e eu nem sei como esse grão chegou no porto”, reitera Arantes. Para ele, esse é o exemplo claro de que não está pronta para ser operacionalizada.

Se a ferrovia em questão começa a funcionar e, sobretudo o ramal que a liga ao Sudoeste e à Ferro Norte em São Paulo, será possível, pela previsão de Arantes, desafogar as saídas fluviais dos portos de Santos e de Paranaguá, porque o setor poderá usar ainda os portos do Norte e Sul.

Na entrevista, Arantes comentou ainda sobre as dívidas dessa safra, as negociações que estão ocorrendo em cada caso e a recuperação dos preços. O especialista reiterou ainda a importância de revisão do modelo do seguro rural contratado hoje pelo produtor. “O seguro tem de evoluir. É uma situação que consideramos irreversível”, diz.

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