Entrevistado no programa Direto ao Ponto do último domingo, dia 21, o presidente do sistema Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso), Normando Corral, defendeu a participação mais ativa do setor produtivo no cenário político e destacou o bom trabalho realizado pela Frente Parlamentar da Agropecuária.
Em ano decisivo para o futuro do país, Corral avaliou que o Brasil vive uma “encruzilhada muito ruim”, com disputas entre os poderes e muita corrupção. Na avaliação dele, o cidadão – do campo ou da cidade – deve encarar o processo eleitoral como uma oportunidade de começar a virar a página: “A maioria honesta não pode se omitir, tem que escolher e defender seus candidatos”, pontua.
O presidente da Famato falou ainda sobre o deputado federal Jair Bolsonaro, que tem ganhado grande projeção e figurado entre os principais postulantes ao principal cargo em disputa este ano. “Ele tem um comportamento incisivo, e o ‘clima’ está ótimo para discursos desse tipo”, frisou. Ciente de que o nome de Bolsonaro tem ganhado força entre muitos agricultores e pecuaristas, Corral reforçou: “Não avaliei ainda se ele poderia ser bom presidente, mas até agora não vi nada que desabonasse sua identidade como político honesto”.
A FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) também foi tema da entrevista. Aliás, a atuação do grupo que defende os interesses do setor produtivo foi elogiada pelo presidente da Famato. “A FPA tem feito um bom trabalho e é importante divulgar isso”, afirma.
Ainda sobre o cenário político, Normando Corral ressaltou que pessoas boas e ruins existem em todas as instituições e que na política não seria diferente. O que precisa mudar, na avaliação dele, é o nosso posicionamento enquanto cidadãos. “Quando vamos contratar alguém, a gente levanta um histórico dessa pessoa. Na política, poucos fazem isso. Olham apenas para as promessas, mas não avaliam o histórico. Tenha cuidado com isso. Puxe o histórico do candidato, saiba quem ele é.”
Além de política, o presidente da Famato falou sobre o protagonismo da agropecuária mato-grossense e da força das instituições ligadas ao setor no estado, que, para ele, é fruto da criação de fundos que geram recursos para que as instituições possam “atuar”. Seguindo o raciocínio, comentou sobre o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical: “Chegou a hora de o sistema sindical saber se aqueles que o representa realmente querem ser representados por nós”, concluiu.