Oportunidades e desafios para expansão da produção silvicultural em Mato Grosso fazem parte da programação do Workshop Florestar 2022, que ocorre nesta sexta-feira (19) em Cuiabá (MT). Especialistas afirmam que atividade é lucrativa se bem estruturada e grande motor para auxiliar na recuperação de áreas degradadas.
Mato Grosso é considerado hoje o maior produtor de floresta plantada do país, tendo a teca e o eucalipto como principais cultivos.
O Direto ao Ponto desta semana recebeu o engenheiro florestal e diretor da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta-MT), Fausto Takizawa, que falou sobre o Workshop Florestar 2022, mudanças na legislação, tecnologia, entre outros assuntos.
A floresta, pontua Takizawa, é igual a agricultura de soja, tendo como diferencial o fator de tempo de colheita, onde leva-se até 25 anos para a extração da madeira se for uma teca, por exemplo, ou no mínimo seis anos no caso do eucalipto.
“Com tecnologia é possível plantar floresta em diferentes tipos de solos, como o arenoso. E essa mesma tecnologia, se adequada para as condições de Mato Grosso, com certeza será um grande motor para ajudar a recuperar áreas que nem para criar gado se consegue hoje”, diz o diretor da Arefloresta-MT.
Workshop Florestar 2022
O Florestar 2022 é organizado pela Arefloresta-MT, Insituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Serviço Nacional de Aprendizagem de Mato Gosso (Senar-MT), Embrapa Agrossilvipastoril e a FS Bioenergia. Ele será realizado no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), das 8h às 17h30.
O evento é voltado para produtores que já atuam na silvicultura e àqueles que desejam ingressar na atividade, além de tomadores de políticas públicas, e contará com a presença de especialistas de diferentes áreas do segmento.
Segundo Takizawa, a programação do evento conta com a apresentação do mapeamento da produção silvicultural em Mato Grosso. “É um estudo importante. Um dos destaques que ele nos traz é que grande parte das florestas pesquisadas no estado possuem mais de seis anos, indicando que há pouca floresta jovem e que podemos ter um apagão de madeira”.