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Direto ao Ponto

‘Manejo sustentável é a única forma de manter floresta em pé’

Presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Rafael Mason, fala sobre a importância do segmento para a economia brasileira

Foto: Divulgação/ Canal Rural

O setor da base florestal não é o vilão do desmatamento, defende o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Rafael Mason. Em entrevista ao programa Direto ao Ponto do domingo, dia 16, ele falou sobre a importância do setor para o estado e para o país.

Com a participação de 5,4% no Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso, o segmento é a base da economia de 44 municípios mato-grossenses. Segundo Mason, são cerca de 100 mil empregos diretos e indiretos gerados pelo Cipem, com potencial para crescer 40% nos próximos anos. O dirigente reconhece, entretanto, a dificuldade de transmitir a imagem de sustentabilidade diante dos diversos problemas ambientais existentes no Brasil.

“Hoje, a forma como trabalhamos dentro de Mato Grosso e do Brasil é através do manejo sustentável”, conta Manson. Ele explica que esse método consiste em analisar uma área, como uma floresta, e levantar o número de árvores presentes. “Geralmente, tira-se de cinco a seis árvores por hectare. Após isso, esse local é liberado para se regenerar, e o retorno só é feito após 25 anos”, diz. A partir dos dados coletados, é realizada a liberação junto a órgãos ambientes e, só depois, é realizada a extração.

Manson destaca a importância de agregar valor e fazer a distribuição de renda. “Precisamos oferecer a essas pessoas um trabalho com dignidade, respeito, e mostrar à sociedade que esse trabalho é a forma mais correta. Temos muito a crescer. O manejo sustentável é a única forma de manter a floresta em pé”, pontua.

Desafios do setor

De acordo com Mason, atualmente, uma das principais dificuldades para expandir o setor mato-grossense é o frete. “Dependemos 100% dos caminhões para fazer nossos produtos girarem dentro do estado e do país”, afirma. O dirigente afirma que Meto Grosso vem sofrendo bastante com a falta de veículos e com o encarecimento dos custos de operação. “Para exemplificar, o frete que sai do nosso estado para o mercado consumidor do Sul, Sudeste e até mesmo o porto teve um aumento de 20% a 30%”, conta.

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