Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Direto ao Ponto

Meta de metano não afetará tamanho do rebanho de pecuaristas, diz consultor da Abiec

Na visão dele, foco tem que ser na produtividade e em outras medidas fora da pecuária

Durante a 26º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 26), o Brasil anunciou a adesão a um acordo de redução em 30% das emissões globais de metano. A iniciativa levantou muitos questionamentos e um deles com relação a uma possível diminuição do rebanho bovino brasileiro. O sócio-diretor da Agroicone e consultor da Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec), Rodrigo Lima, explica que o produtor não precisa se preocupar com isso. 

“Acho que é importante esclarecer: não é uma meta que cada produtor vai ter que reduzir 30% do seu plantel. Isso não é verdade. Produtor, não ficque preocupado que você terá que reduzir o seu rebanho. O que você (produtor) tem que fazer é produzir de forma mais eficiente”, colocou Lima durante o Direto ao Ponto deste domingo, 12.

Para o especialista, algumas ações já são adotadas na pecuária para a redução das emissões de metano. A ampliação dessas medidas para mais produtores pode alavancar a eficiência da produção de carne bovina no Brasil. 

“Como que o produtor reduz metano na agropecuária? Quando ele melhora uma pastagem que está degradando, recuperação de uma pastagem bem degrada, quando faz os piquetes e rotaciona, quando ele faz integração com grãos, por exemplo, e melhora a qualidade do solo. Aí ele vai ter maior produtividade, podendo abater o animal com menos tempo, reduzindo a emissão de metano por carne produzida. E isso já é feito na pecuária brasileira. Aumentar a produtividade da pecuária é desejável do ponto de vista econômico, social e tbm ambiental”

Apesar da geração de metano pelo gado, Rodrigo Lima também coloca a responsabilidade da redução do gás em outras áreas e setores. O elemento químico é produzido em lixões e no processamento do petróleo e gás. Para ele, é necessário trabalhar na implementação de ações como lixões zero e adoção de medidas por parte do setor petrolífero.

Brasil no G10

O consultor da Abiec destaca ainda que entre os maiores emissores de gases do efeito estufa, o Brasil figura nas primeiras posições. “O Brasil tem 3% das emissões globais. O Brasil é o sétimo maior emissor. Apesar de ser pouco, porque são 3%, a gente está lá no G10 dos maiores emissores. Se você pegar, por exemplo, os 100 menores emissores eles não somam nem 3% juntos. Então, o Brasil é pouco, sim,  mas ele está lá entre o grupo dos 10 maiores emissores”.

No entanto, ele ressalta que a inclusão do país nesse acordo pode desmistificar a ideia que a agropecuária brasileira é ruim para o meio ambiente. “O Brasil, pela sua magnitude, pelo seu tamanho e pela sua emissão de metano, ele de certa forma, não tinha como ficar fora. E tem muita coisa que já é feita no Brasil, especialmente, na pecuária. Acho que a gente tem muita fundamentação para participar disso. A questão é jogar o jogo com bastante estratégia”, apontou Rodrigo Lima.

 

Sair da versão mobile