O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, afirmou, em entrevista no programa Direto ao Ponto, que tributar as exportações agrícolas é a pior medida que pode ser tomada pelo governo para recuperar a Previdência Rural.
Ele ressaltou que esse é um dos temas que não aceita negociar enquanto estiver à frente da secretaria. Segundo Nassar, se os produtos agrícolas exportados forem tributados, o país passará a produzir menos e o produtor é quem vai pagar a conta.
Nassar também comentou sobre o seguro rural para a safra 2016/2017. O valor de R$ 1 bilhão ainda é apenas uma ambição do Ministério da Agricultura. O que se tem garantido são R$ 741 milhões, que estão incluídos no orçamento.
Quanto às mudanças nas regras da subvenção, o secretário afirmou que entende as críticas dos agricultores, mas ressaltou que dessa forma a política consegue alcançar número maior de produtores em grande parte das áreas de alto risco.
Segundo ele, no fim deste ano os agricultores brasileiros estarão satisfeitos com o programa de seguro e os novos percentuais de subvenções.
Uma das novidades sobre o seguro deve beneficiar os produtores de culturas de inverno, como o trigo. A pretensão de André Nassar é liberar os recursos para esses cultivos entre novembro e dezembro deste ano para a safra que será plantada em 2017. A antecipação vai trazer mais segurança aos produtores, segundo ele.
O secretário ainda comentou os recentes leilões de milho dos estoques públicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e afirmou que não vai haver desabastecimento do produto no país.
Ele comentou sobre o trabalho de revisão das leis que regem a agricultura brasileira que está sendo feito pela equipe dele no Ministério da Agricultura.
Um dos pontos de mudança necessária, segundo ele, é na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM). Para ele, o importante é proteger a renda do produtor.