Dificuldades de acesso ao crédito, burocracia na liberação de licenciamento ambiental, fim do Ministério da Pesca, falta de organização do setor, déficit de frigoríficos, marketing ruim. Esses são apenas alguns problemas da piscicultura brasileira apontados pelo secretário-executivo da Peixe BR, Francisco Medeiros, no programa Direto ao Ponto de domingo, dia 25.
Apesar dos vários gargalos, ele destaca o potencial de desenvolvimento e de aumento da competitividade desse segmento. Medeiros destaca a necessidade de buscar investidores para a atividade e estimular a industrialização e comercialização do pescado no país.
Francisco Medeiros citou o exemplo de Mato Grosso. Há 10 anos, o estado ocupava apenas a 15ª posição no ranking de produção de peixes no país. Após investimentos, já é o maior produtor nacional. E deve expandir ainda mais devido às barragens de hidrelétricas ainda em construção.
No caso da agricultura familiar, o secretário Associação Brasileira de Piscicultura afirmou que é necessário criar uma rede colaborativa, aliar empresas ou cooperativas aos piscicultores e estabelecer uma estrutura forte para a produção, beneficiamento e comercialização dos peixes.
Outro problema alertado por Medeiros é o marketing ruim executado pelos piscicultores brasileiros. Esse é um ponto estratégico e fundamental para alcançar o mercado externo, segundo ele, como a criação de selos de qualidade.
Francisco Medeiros ainda minimizou a extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura e disse esperar por um bom trabalho da pasta, agora dentro do Ministério da Agricultura.