A irrigação é uma das tecnologias incorporadas ao mais recente Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+). Na visão da assessora técnica da Comissão Nacional de Irrigação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Jordana Girardello, essa inclusão coloca a agricultura irrigada em um patamar diferente.
“O grande ganho que a irrigação tem dentro do plano ABC é o reconhecimento da tecnologia como uma importante tecnologia para poupar água e para a mitigação de gases do efeito. Isso coloca a gente no hall de atividades de sustentabilidade”, disse, durante o Direto ao Ponto deste domingo (28).
Ao ser introduzida como uma tecnologia voltada para a agropecuária de baixo carbono, os produtores interessados na técnica ganham mais uma linha de financiamento, já que, dessa forma, a atividade pode ser enquadrada no Plano Safra.
“Terá recurso para irrigação dentro do ABC, mas será um recurso menor do que as outras linhas que a gente já tem para irrigação”, destaca a representante da CNA.
Metas do ABC
O ABC+ é a segunda etapa do ABC, que teve início em 2010 e terminou em 2020. Jordana Girardello lembra que o Brasil levou à COP26 os resultados desses anos iniciais do plano e demonstrou aos demais países um planejamento estruturado para uma agropecuária de baixo carbono.
“O saldo final do Brasil no primeiro plano ABC foi de 115% de atingimento das metas. Essas primeiras metas foram voluntárias. O plano ABC é um plano sólido, consolidado, principalmente com esses resultados que a gente teve na primeira etapa”.
A assessora técnica classifica como ousados os novos objetivos do programa. “Para a segunda etapa desse plano, que é de 2021 a 2030, as metas são audaciosas. Na somatória das metas propostas pelo plano ABC+, a gente está falando na mitigação na escala de 1 bilhão de toneladas de CO2 equivalente”, acrescentou.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo