Mato Grosso

Preocupações do produtor vão além da mudança de governo, pontua Paulo Bertolini

Na avaliação do produtor paranaense a segurança jurídica, mercado e tecnologia são pautas que mais preocupam os agropecuaristas

“Os agricultores, os agropecuaristas em geral têm algumas preocupações, que independente da mudança de governo ou não, elas estão sempre na pauta”. Na avaliação do produtor no município de Castro (PR), Paulo Bertolini, a segurança jurídica é a número um na lista.

O produtor Paulo Bertolini é o entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto.

Segundo o produtor, a questão da segurança jurídica afeta todo o “espírito” do agropecuarista e é uma preocupação que está em “ascensão”.

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“Hoje, a gente vê o supremo dizendo que pode revogar decisões definitivas, ou seja, aquilo que foi decidido pela justiça no passado pode ser mudado. Isso é uma coisa bastante preocupante”, comenta ele.

Outros pontos que são pauta do setor e tiram o sono são o acesso à tecnologia e mercados, tanto no quesito exportação quanto importação.

“[O acesso à tecnologia] isso colocado em risco pode afetar diretamente, não só a produtividade, o dia a dia da agricultura, mas também a rentabilidade dela ao longo do tempo. A atividade depende de uma modernização, uma atualização permanente. É importante a legislação caminhar também, permitindo a utilização de defensivos agrícolas mais modernos, mais seguros, eficiente”, diz Bertolini.

Foto: Canal Rural Mato Grosso

Tributação sobre alimentos é a mais perversa que existe

A tributação do setor produtivo é mais um ponto que preocupa o setor, em especial quando se trata de alimentos, conforme Bertolini.

“Tributação sobe alimentos é a tributação mais perversa que pode existir, porque ela afeta as pessoas de menor poder aquisitivo, quem consome boa parte da sua renda comprando alimentos”.

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De acordo com ele, quando um tributo é criado e onera o setor, quem pagará por ele será o consumidor no produto final.

“Então, deveriam os nossos governantes passarem por um momento de reflexão do que eles gastam, da forma como gastam, os desperdícios que têm na máquina e enxugar, antes de propor e impor, no caso do Paraná”, pontua ele.

 

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