O Direto ao Ponto desta semana recebeu o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa. Ele explicou o trabalho da associação e o perfil da suinocultura mato-grossense. “Mato Grosso basicamente consiste no produtor independente. Há alguns casos de empresas que têm os seus integrados. Mas o perfil histórico e atual do estado é de um perfil independente”, afirma.
Canossa também falou sobre o atual cenário econômico da suinocultura, que vive uma das piores crises da história, e apontou medidas governamentais que poderiam auxiliar os produtores neste momento difícil. “De novembro para cá, a atividade vem trazendo para o bolso do suinocultor um prejuízo muito forte para nós de Mato Grosso. Em média, de R$ 250 a R$ 300 de prejuízo por cabeça. O que o governo pode fazer é não deixar faltar produto no mercado interno, intermediar o preço do milho através de leilões e contratos futuros”, diz.
O presidente da Acrismat comentou que atualmente o suinocultor integrado está em uma situação econômica melhor que o independente. “Como ele está integrado com uma empresa, ela pode prestar assessoria técnica e veterinária. Ela consegue aguentar o impacto negativo no mercado, diluindo o prejuízo na sequência da cadeia porque compra e fornece para o seu integrado. A empresa paga o mesmo preço que o independente, mas consegue amortecer esse prejuízo depois que compra o animal de volta, produzindo cortes e embutidos agregando valor na sequência da cadeia. Se no começo tem prejuízo, na sequência ela consegue reverter isso”, conclui.