Diante do cenário incerto na economia nacional e no cenário político internacional, a cotação do dólar segue pressionada. Nesta quarta-feira, 30, o jornal Mercado & Companhia ouviu quatro especialistas sobre o assunto.
Para o economista Roberto Troster, os investidores externos estão pouco receosos com a dinâmica fiscal no Brasil. “Se não houver uma mudança, as cotações devem oscilar entre R$ 5,50 e R$ 5,70 ao fim deste ano. Porém, caso haja uma mudança na política econômica, o dólar pode, sim, chegar próximo de R$ 4″, afirma ele.
O economista-chefe da Frente Corretora afirma que, nos próximos seis meses, a moeda norte-americana deve variar entre R$ 5 e R$ 5,20. “Com um cenário positivo em relação à vacina contra a Covid-19 e mudanças em relação ao governo que podem gerar confiança no mercado financeiro. Além disso, em outubro, temos a definição das eleições nos Estados Unidos, o que também ajuda o mercado financeiro”, explica.
Já para economista da Tendências Consultoria Silvio Campos, a taxa de câmbio voltou a ser pressionada nesta semana devido ao cenário fiscal do país. “Esse tema ainda vai manter o mercado apreensivo e os investidores receosos. A expectativa diante da manutenção e ordem fiscal é que a taxa encerre o ano por volta de R$ 5,35”, explica o especialista.
Por fim, Roberto Padovani, economista do Banco BV, acredita que a moeda possa se aproximar de R$ 5, considerado um preço justo. “Os níveis atuais estão depreciados e isso contribui com a pressão sobre a moeda. Além disso, diante das eleições norte-americanas, os mercados estão se demonstrando muito frágeis”, conclui.