A disseminação do novo coronavírus pela China e em outros países tem provocado cautela no mercado financeiro. Esse cenário tem gerado um movimento de alta no dólar na sessão desta sexta-feira, 31. A moeda-norte americana atingiu a máxima de R$ 4,286. Na quinta, 31, o câmbio atingiu a máxima nominal histórica e fechou a R$ 4,257. No acumulado do mês, a moeda já acumula alta de 5,7%.
A economista-chefe da Vedda Investimentos, Camila Abdelmalack, afirma que o mercado deve ficar suscetível ao risco da epidemia enquanto não houver uma estabilização do avanço da doença na China. “O mercado fica vulnerável”, comenta.
A empresa afirma que o patamar de desvalorização do real não deve ir além de R$ 4,30, contanto que o noticiário sobre o coronavírus não piore. “No geral, a tendência é que a situação se estabilize. Nesta quinta-feira mesmo a OMS [Organização Mundial da Saúde] fez um elogio ao trabalho da China em conter a epidemia”, diz. A expectativa da Vedda Investimentos é que o dólar tem tendência de ficar no patamar de R$ 4,05 e R$ 4,10.
Agenda econômica no Brasil
O mercado financeiro também deve ficar de olho na volta dos trabalhos do Congresso. As pautas econômicas, como a reforma administrativa e tributária, se tornem assuntos importantes. “Se [essas pautas] engrenarem no Congresso, serão positivas para os ativos domésticos e devem continuar para uma recuperação da taxa de câmbio”, afirma.