O dólar atingiu nesta quinta-feira, 13, o maior valor desde o Plano Real e foi cotado no valor máximo de R$ 4,383. O movimento da moeda norte-americana passa nesta semana por uma série de recordes históricos e fechou a quarta, 12, com a quarta alta consecutiva. No acumulado do ano, o câmbio já tem alta de 8,1%.
De acordo com Gesner Oliveira, economista da consultoria Go Associados, há atualmente três fatores que influenciam o dólar. O primeiro é a desaceleração da economia da China e mundial que, segundo ele, diminui os preços das commodities, faz as exportações caírem e consequentemente reduz a oferta de dólar no mercado financeiro do Brasil.
Outro motivo é a taxa de juros brasileira, a Selic, que está no menor nível da história. “Com isso, a diferença entre a taxa de juros no Brasil e no mercado internacional diminui muito, o que torna menos atrativo trazer aplicações [de outros países] no mercado interno”, explica.
Por fim, a incerteza gerada no mundo, por conta do avanço do coronavírus, faz com que haja uma fuga dos investidores para ‘um lugar seguro’. “Isso aumenta a demanda de dólares no mundo. Quando isso acontece e no Brasil diminui a oferta [de dólares], o preço sobe”diz.
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O economista projeta que para os próximos meses, a moeda norte-americana fique entre R$ 4,20 e R$ 4,50.
