O Rio Grande do Sul é o Estado que lidera o ranking nacional de repetência nas escolas de Ensino Médio. Quase 20% dos alunos não passam de ano nesta fase escolar. Na zona rural, são, ao todo, 670 escolas no Estado, com índice de repetência mais baixo, de 16,2%.
Para mudar esta realidade, algumas famílias de agricultores resolveram se unir. Foi criada em cidades como Santa Cruz do Sul uma entidade chamada de Associação Gaúcha Pró-Escola Família Agrícola (Agefa).
– Um dos fatores da escola é reconhecer o saber local do agricultor, de família, trazer o saber e juntar com o saber científico e aí envolve os professores, além disso trabalhar o aspecto família muito forte – diz o secretário-executivo da Agefa Adair Pozzebon.
Na contramão desse índice de repetências no Ensino Médio estão as escolas famílias agrícolas, exclusivas para filhos de agricultores. Nessas instituições, a reprovação é de menos de 2%. Com sistema pedagógico diferenciado, o aluno tem semanas alternadas de aulas: em uma, recebe lições teóricas em sala de aula e realiza práticas nas hortas experimentais; na outra, permanece na propriedade em que mora, colocando em prática tudo o que aprendeu no colégio.
– Os jovens estão saindo do meio rural não porque acham que não dá mais para viver lá, porque acham que não vão ter uma vida confortável, segura e com renda. Eu não, eu vejo que no campo eu posso ganhar tanto ou mais dinheiro que lá – argumenta o aluno Daniel Schipper Lima, 16 anos, que está se fomando como técnico agrícola e pretende prestar vestibular para medicina veterinária.
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