O manifesto intitulado ‘’Mato Grosso Forte – Quem paga imposto cobra resultado’’, traduz a insatisfação dos agricultores do estado com o aumento dos impostos incidentes sobre o setor e a gestão ineficiente destes recursos.
Encabeçado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o movimento se baseia, principalmente no apelo dos produtores rurais em razão das péssimas condições e falta de manutenção e construção de rodovias. O manifesto defende a cobrança de uma gestão eficaz e do fim do desvio de recurso do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que desde o início do ano passou a incidir sobre o milho.
Na avaliação do vice-presidente da Aprosoja, Fernando Cadore, a taxação sobre o grão inviabiliza a produção da cultura no estado. ‘’Não cabe no Mato Grosso uma tributação em uma cultura, que por si só, os números mostram (..), são números do Imea, que dão uma margem negativa de 0,98 para o produtor’’, explica Cadore.
“O milho hoje só não está pior, só não está ladeira abaixo, porque nós temos um cenário cambial que é extremamente volátil e está propiciando a exportação. Mas a pergunta que eu faço é, o que faríamos com esse milho se não fosse a exportação?’’, questiona o vice-presidente.
O movimento acontece no dia 15 de maio em Cuiabá. Segundo Cadore, uma lista de reivindicações será encaminhada ao governador do estado, entre elas a extinção do Fethab milho, e a destinação correta das commodities de maneira geral.
O assunto foi discutido no Direto ao Ponto deste domingo, dia 12. Confira na íntegra a entrevista com o vice-presidente da Aprosoja MT.