O programa Direto ao Ponto deste domingo, 4, trouxe o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos. Entre os assuntos sobre café, Matos revelou que o Brasil foi dominante na produção e exportação desse grão no cenário mundial.
“O Brasil conseguiu aproveitar sua safra recorde e atingir uma participação global de 40% do mercado global, considerando consumo interno mais exportações”, disse o diretor. O número de países que compraram café brasileiro também foi elevado, chegando a aproximadamente 130 países.
Segundo ele, o país superou as dificuldades em um ano de pandemia e, com a organização dos produtores e da logística, o resultado foi uma safra histórica. “Saímos de uma safra recorde em 2020 que produziu 63 milhões de sacas”.
Safra 2021
Apesar da boa colheita em 2020, neste ano os números da produção devem cair. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher entre 44 e 50 milhões de sacas. A explicação para essa queda, segundo o diretor do Cecafé, é o ano de baixa na bienalidade do café e a ocorrência de secas em algumas regiões do país.
Mesmo com a quebra, os preços do grão estão em um nível bom para a competitividade no mercado internacional e a tendência é manter em alta, conforme ressalta Marcos Matos.
“O preço, no geral, está num patamar adequado e ótimo para a competitividade brasileira. Nós tivemos uma queda (no preço) nos últimos dias, mas a tendência é de alta, por conta das características da produção brasileira, e mais o câmbio, que favorece tudo isso”, declarou Matos.
Crédito para a cafeicultura terá valor recorde em 2021
Funcafé
Na última segunda-feira, 29, o Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) aprovou um orçamento de 5,9 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2021/2022. O valor é 3,5% maior do que o anunciado para a safra de 2020/2021.
O CDPC também aprovou uma isonomia na taxa de juros das linhas de financiamento. Segundo o diretor da CECAFÉ agora as taxas de todas as linhas podem chegar até 5,75% ao ano.
“Pela primeira vez fizemos isonomia nas taxas de juros. Sejam elas de custeio, de comercialização, de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), ou seja, todas as linhas com a mesma taxa de juros de até 5,75%”, completo.
*Sob supervisão de Letícia Luvison