O Direto ao Ponto desta semana entrevista vice-presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e proprietário da Petrovina Sementes, Carlos Ernesto Augustin. Ele fala sobre a atual situação do agronegócio no estado, produção de grãos, questões climáticas e reforça a preocupação com os preços dos fertilizantes.
“A verdade é que o estado já tem 40% do adubo comprado, e isso dá uma aliviada. [Para] Aquele que ainda não comprou adubo e vai começar agora e tem uma expectativa de receita de 57 sacos [por hectare], a rentabilidade, aos preços de hoje do adubo, defensivos, sementes e do preço do grão, é zero, pagando 10 sacos por hectare de arrendamento”, diz.
Sobre as condições climáticas, Augustin comentou que, em algumas situações, o que rege o rumo da colheita é o clima da região, e isso não tem como prever. “Anos difíceis como esses, a gente tem que gastar pouco e contar que o clima vai nos ajudar”.
O presidente da Aprosmat ainda comentou o cenário político do Brasil relacionado com o agronegócio, em especial, ao Plano Safra do ano passado. “Foi um plano mal feito, que não deu a importância devida ao agricultor. As commodities subiram, os custos também dobraram, mas a oferta de crédito não dobrou. É vergonhoso o que aconteceu nesse último Plano Safra, eu nunca vi isso. Então, para o próximo, nós temos que influir junto com os nossos uma central de dados, como se fosse um Imea [Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária] nacional”, afirma.