O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos, da China – maior parceiro comercial do Brasil – teve o menor crescimento em quase 30 anos. A expansão foi de 6,1% em 2019. Segundo o governo chinês, a guerra comercial travada com os Estados Unidos impactou a evolução da economia do país.
O gerente de análise econômica do Sicredi, Pedro Ramos, afirma que com a trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China, a tendência é que as incertezas sobre a expansão da economia diminuam.“É o que favorece os investimentos que estavam sendo bloqueados pelo impasse entre os dois países”, comenta.
Segundo ele, a assinatura da primeira fase do acordo comercial mostra que existe a vontade de negociação, o que favorece a diminuição da tensão, assim como a estabilização da atividade global, que pode também ajudar a atividade econômica chinesa.
No agronegócio, Ramos afirma que o acordo entre EUA e China poderia soar negativo, já que direciona parte da produção norte-americana ao mercado chinês. Contudo, há atualmente uma escassez de produtos agropecuários nos Estados Unidos, como soja, que foi afetada pelo clima, e carnes. “Mesmo que isso aconteça, a gente provavelmente vai exportar para onde os EUA exportam agora”, afirma.